“Poiszé, pá…” Depois da revolução dos cravos, que venha a revolução dos ovos pá! O povo português tem sido um povo pacífico no meio de tanta austeridade instaurada por este governo; que tantas famílias sofrem em segredo, de noites mal dormidas a pensar como vão educar os filhos; famílias que não dormem por pensar em encontrar soluções para obter o pão de cada dia para alimentar os filhos, e o governo ainda quer mais medidas de austeridade ?! Quando irão eles perceber que as pessoas não têm arvores onde cresce dinheiro? Será que o governo não vê que as medidas de austeridade só atrasa a economia e prejudica as pessoas que tanto contribuiram para o crescimento deste país? Já houve um 25 de abril e o povo não demorará muito a planear a Revolução dos Ovos ! Sabes que mais, sabes ?! – É uma pôca vergonha!
“Poiszé, pá…” Passos Coelho na Casa dos Segredos. O Parlamento transformou-se na casa dos segredos, porque em vez de resolverem os problemas do país, passam o tempo “num toma lá dá cá”, uma verdadeira novela entre acusações e disputas partidárias. Sabes que mais, sabes ?! – É uma pôca vergonha!
Poiszé, pá… Bicho come, bicho pega, bicho foge. Quando o povo pensa, pondera, reflecte, cede, acumula, enche… e enche… até a paciência não ter limites, o povo pá, ainda faz a exemplar figura pacifica de gritar: BASTA !! Digo boa figura pá, porque o povo português podia muito bem seguir os mesmos passos que o povo espanhol ou grego – passar à violência com a polícia, homens como nós, que simplesmente estão a cumprir ordens e a cumprir as suas funções para manter o seu emprego. Mas, infelizmente pá, o governo ouve mal, “é mouco” como se costuma dizer ou então, por falaram tanto inglês com o fmi, já não compreendem português. Sabes que mais, sabes ?! – É uma pôca vergonha!
Poiszé, pá… Adamastor afunda a nau portuguesa. Segundo o primeiro ministro Pedro passos Coelho, num dos seus “belos” discursos ao povo português, teve a brilhante ideia de fazer referência a um texto dos Lusíadas, salientando que a situação “em que o navio português foi posto” existem «ventos favoráveis a soprar» nas suas velas. Eu pá, acho masé que o vento soprou as velas e apagou-as de vez, ficando o capitão deste navio sem luz e perdido no oceano. Nós pá, marinheiros submissos às ordens do posto superior, ficamos a sujeito de um gople de sorte para que o barco chegue a bom porto. Pelo menos pá, mantem-se acesa a vela dessa esperança e rezando que o forte e indomável Adamastor chamado troika não nos empurre para um trágico naufrágio e nos retenha no fundo do oceano para sempre. Sabes que mais, sabes ?! – É uma pôca vergonha!
